A liberação de Ingrid Bettancourt não é apenas uma suposta vitória contra uma suposta ditadura terrorista da Farc. Tem alguns desdobramentos políticos, com personagens se movendo lentamente em busca de ações importantes no futuro. Personagens que botam o dedo nessa relação tão complexa entre a América Latina e o “combo” EUA-União Européia.
Primeiro se deve atentar para as idéias que envolvem as Forças Revolucionárias Colombianas. Para o “combo”, ela é terrorista. Para Brasil e Argentina, por exemplo, ainda têm sua veia política marxista-leninista, embora sejam repreendidas publicamente por suas ações. Para a mídia brasileira, são simplesmente traficantes de drogas. Para alguns intelectuais, é um gigante anacrônico ue ainda tenta seguir o plano de revolução comunista agrária, mais parecida com os términos maoístas que os propriamente soviéticos. Muito se debate sobre o objetivo da Farc: conquistar o poder com o povo ou conquistar o poder usando o povo.
Acontece que alguns fatos são curiosos nessa patota. Um, que os EUA só reconhecem poderes terroristas em áreas estratégicas de exploração energética. No caso da Colômbia, essa questão entra em dois caminhos: o primeiro é , de alguma maneira, achar uma justificativa anti-democrática para entrar na Venezuela, a sétima maior reserva de petróleo do mundo (maior, fora do Oriente Médio e, junto com o Canadá, a maior reserva de um tipo de petróleo mais difícil de ser retirado e tratado mas que, no futuro, pode ser necessário), e tirar o Chávez e colocar algum marionete.
Primeiro se deve atentar para as idéias que envolvem as Forças Revolucionárias Colombianas. Para o “combo”, ela é terrorista. Para Brasil e Argentina, por exemplo, ainda têm sua veia política marxista-leninista, embora sejam repreendidas publicamente por suas ações. Para a mídia brasileira, são simplesmente traficantes de drogas. Para alguns intelectuais, é um gigante anacrônico ue ainda tenta seguir o plano de revolução comunista agrária, mais parecida com os términos maoístas que os propriamente soviéticos. Muito se debate sobre o objetivo da Farc: conquistar o poder com o povo ou conquistar o poder usando o povo.
Acontece que alguns fatos são curiosos nessa patota. Um, que os EUA só reconhecem poderes terroristas em áreas estratégicas de exploração energética. No caso da Colômbia, essa questão entra em dois caminhos: o primeiro é , de alguma maneira, achar uma justificativa anti-democrática para entrar na Venezuela, a sétima maior reserva de petróleo do mundo (maior, fora do Oriente Médio e, junto com o Canadá, a maior reserva de um tipo de petróleo mais difícil de ser retirado e tratado mas que, no futuro, pode ser necessário), e tirar o Chávez e colocar algum marionete.
É a tática que não muda desde a “luta contra comunistas” e o famigerado Plano Aliança para o Progresso, nas décadas de 60 e 70 que espalharam “ditaduras democráticas” por todo o continente e aumentou a dependência financeira dos países sul-americanos com relação ao capital estrangeiro.
A Colômbia tem um marionete ideal, é fronteiriço e quer porque quer uma pendenga com a Venezuela. O segundo atalho é a provável desculpa na luta contra as Farcs para a implementação do “Plano Patriota”, que busca defender fronteiras e matar todo mundo do movimento guerrilheiro. Acontece que conta com verba, apoio financeiro, de inteligência e militar dos EUA. Acontece que este último precisa entrar num vácuo e numa incógnita energética gigante que se chama Amazônia. É praxe de um líder mundial: não tomar bola nas costas com o que o sustenta. Isso se junta com as últimas pressões nos Congressos da ONU em cima do Lula. O “combo” quer a “legalização” do verde brasileiro. A Cia já deve estar fazendo curso de verão com os mosquitos. E a teoria da conspiração já não é tão conspiratória: é imensamente possível.
Tudo isso é para falar que o McCain foi lá fazer campanha, deu aquela pressão no Uribe, praticamente garantiu a permanência dos bonecos uribianos ao lhe colocarem como paladino da democracia (e ganhar o apoio eleitoreiro fundamental da Ingrid) e deu um aviso inegável ao Chávezs e aos Lulas: nós temos a p...maior que a de vocês. E agora temos uma p...que o mundo acha linda. Jogaram com a emoção para mascararem as tramas políticas.
Tudo isso é para falar que o McCain foi lá fazer campanha, deu aquela pressão no Uribe, praticamente garantiu a permanência dos bonecos uribianos ao lhe colocarem como paladino da democracia (e ganhar o apoio eleitoreiro fundamental da Ingrid) e deu um aviso inegável ao Chávezs e aos Lulas: nós temos a p...maior que a de vocês. E agora temos uma p...que o mundo acha linda. Jogaram com a emoção para mascararem as tramas políticas.
E ainda tem um ponto muito importante, que ainda não foi esquecido, que é a briga com o Rafael Correa. As farc, desculpa central dessa briga, agora estao nas mãos (politicamente) do “combo”.
No dia em que ela estourar, o Chavez apoiará o Rafael. A pergunta é: os EUA terão a senha para entrar na Venezuela? E o que o Lula e a Cristina vão falar? A Cristina mantém uma relação muito amistosa com o Hugão (mesmo com a nacionalização de empresas argentinas lá). O Lula terá uma potencia apavorada e sedenta por meios alternativos de energia tocando na porta de casa. E pode acreditar que os EUA vão tentar meter o bedelho nas próximas eleições brasileiras (quem sabe pensando em um perfil mais família, tradição e propriedade de um Neves) para tirar a rocha tupiniquim do sapato, se o Lula realmente se mostrar como pedra na hora do "vamover".
Meio filme de espião e bastidores políticos inverossímeis, não é?
As ditaduras lationamericanas, com patrocínio e sangue dos norte-americanos, também foram feitas de histórias para boi e povos dormirem. E despertamos um pouco tarde.
Um comentário:
señor moreno, que maravilha ler seus textos sempre tao atento ao mundo e a as coisas que dizem dele.
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obrigada por compartilhar campeao!
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