Faço humilde coro ao absurdo da presença americana nas costas brasileiras. Estou falando da famigerada “4. frota da Intervenção Americana”, criada em 1943 para afundar os submarinos nazistas e desativada em 1950 com o fim da Guerra.
Agora o governo americano a reativou sem nenhuma explicação plausível e respeito ao território alheio. Esse fato se soma a outros, que vão comprovando, pouco a pouco, os movimentos realizados por esse país para uma pressão militar desconhecida desde meados dos anos 80, com o fim das ditaduras financiadas por eles mesmo.
Lula reclamou, Chávez reclamou. E, é verdade, a imprensa nacional “chupó un huevo” (cagou e andou). A vergonha jornalística é brasileira, mas também encontra ecos em seus hermanos argentinos. Silêncio total e alguns pedregulhos éticos.
Agora o governo americano a reativou sem nenhuma explicação plausível e respeito ao território alheio. Esse fato se soma a outros, que vão comprovando, pouco a pouco, os movimentos realizados por esse país para uma pressão militar desconhecida desde meados dos anos 80, com o fim das ditaduras financiadas por eles mesmo.
Lula reclamou, Chávez reclamou. E, é verdade, a imprensa nacional “chupó un huevo” (cagou e andou). A vergonha jornalística é brasileira, mas também encontra ecos em seus hermanos argentinos. Silêncio total e alguns pedregulhos éticos.
Ontem, por exemplo, passou no suposto all news Canal 5 daqui uma espécie de Globo Repórter emotivo e tendencioso sobre a nova Nova Iorque sul-americana: Medelín. Isso mesmo. De acordo com o programa, a cidade, antes dominada pelas “guerrilhas” (essa foi a palavra usada) narcotraficantes, agora é um paraíso de paz e bem-estar. A tolerância zero de Uribe deu resultado e, através de depoimentos sem nenhuma base estatística ou contextualizada, mostrou um panorama quase pollyânico da cidade. Sim, obras públicas como o teleférico e a biblioteca doada pelo rei da Espanha ajudaram reduzir a criminalidade e a cidade melhorou um bom por cento. Não quero negar os fatos e as boas ações colombianas. O que me incomoda é a completa falta de crítica de um programa jornalístico importante, com quase duas horas de duração. A “reportagem” foi a apresentação de números do governo e sonoras de crianças que “largaram o tráfico” (essa idéia maniqueísta e jesuítica de recuperação), a classe média que se esconde em seus condomínios e, adivinha, o depoimento de gente do próprio governo. E isso logo após a "umseteúnica" liberação da Ingrid (acabei de saber também que os americanos resgatados já firmaram contrato com Oliver Stone para fazer um filme sobre o drama das selvas colombianas).
Estou parecendo um daqueles comunistas flamejantes e retardados que falam que tudo é culpa do outro. Mas, nao dá pra negar, é tudo espetacular, perigoso e pró-imperialismo demais. Assim como o são:
- Liberação da Ingrid de forma estranha, após a presença de McCain.
- Plano patriota, que permite a presença da Cia e tropas americanas na parte colombiana da Selva Amazônica.
- Patrocínio americano dos planos de conflito na Bolívia, que é país central e simbólico da liberdade da América Latina.
- Pressão na ONU para que Lula abaixe as calcas e entregue a Amazônia.
- Massiva demonizacao midiática de Chávez (críticas à parte, valha-me Deus a parcialidade, né?)
- Pouca atenção midiática ao conflito que ainda persiste entre Colômbia e Equador (o que possibilitaria uma maior presença americana no continente).
- Histórica influencia da inteligência americana nos rumos políticos do continente (ou seja, o curriculum é bom).
- Recursos naturais abundantes no continente em época de crise e desencontro financeiro americano.
E, para completar, a presença assumida e criminosa de mísseis apontados para a nossa cabeça. Em um mundo pós-moderno, com a fragmentação e “informacionalizacao” do indíviduo e suas relações formando uma nova forma de enxergar a realidade, é surreal ver as atitudes quase McCarthistas . Quando se trata de mexer no queijo, toda a teoria de democracia neoliberal, individual e quase levítica de uma sociedade internética, dionisíaca e espiritual, perde espaço para o mais antigo de nossos instintos: o uso da força.
Estou parecendo um daqueles comunistas flamejantes e retardados que falam que tudo é culpa do outro. Mas, nao dá pra negar, é tudo espetacular, perigoso e pró-imperialismo demais. Assim como o são:
- Liberação da Ingrid de forma estranha, após a presença de McCain.
- Plano patriota, que permite a presença da Cia e tropas americanas na parte colombiana da Selva Amazônica.
- Patrocínio americano dos planos de conflito na Bolívia, que é país central e simbólico da liberdade da América Latina.
- Pressão na ONU para que Lula abaixe as calcas e entregue a Amazônia.
- Massiva demonizacao midiática de Chávez (críticas à parte, valha-me Deus a parcialidade, né?)
- Pouca atenção midiática ao conflito que ainda persiste entre Colômbia e Equador (o que possibilitaria uma maior presença americana no continente).
- Histórica influencia da inteligência americana nos rumos políticos do continente (ou seja, o curriculum é bom).
- Recursos naturais abundantes no continente em época de crise e desencontro financeiro americano.
E, para completar, a presença assumida e criminosa de mísseis apontados para a nossa cabeça. Em um mundo pós-moderno, com a fragmentação e “informacionalizacao” do indíviduo e suas relações formando uma nova forma de enxergar a realidade, é surreal ver as atitudes quase McCarthistas . Quando se trata de mexer no queijo, toda a teoria de democracia neoliberal, individual e quase levítica de uma sociedade internética, dionisíaca e espiritual, perde espaço para o mais antigo de nossos instintos: o uso da força.
Um comentário:
meu irmão.... FODA! seus textos são sempre muito bons, parabéns! Eu por aqui nada tinha lido sobre isso até agora, será q ando meio desligado e nem sinto meus pés no chão?
tá faltando um post sobre a eleição do Dinamite e a esperança cruzmaltinh!
Abs;
Otto
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