quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sem foto e com vergonha

Post com um quê inútil de indignacao. É sobre os gastos publicados dos candidatos a prefeito do Rio de Janeiro. Sei que é impossível pensar em campanhas sem esses gastos estratosféricos, mas defendo um limite (bem mais abaixo) para tal "infame necessidade democrática".

Falo isso porque, comparando a soma dessa grana com algumas áreas básicas de nosso cotidiano, o aburdo é mais claro.

No total, os candidatos gastarao (nota, esse é o previsto. É o previsto que sempre passa. E isso contando o primeiro turno) cerca de 51 milhoes de reais.

Tomando como base o orcamento da saúde do Estado de 2006-2007 (porque o Sérgio Cabral vetou uma lei que permite o acompanhamento do orcamento do Rio pela Internet), vemos que
é mais do que gasta, NO ANO, o movimentado e necessário Hospital do Andaraí, na Zona Norte carioca, só para dar um exemplo. E da última vez que estive lá, havia uma fila de cerca de 100 pessoas (maioria idosas de comunidade de baixa renda) porque nao havia enfermeiro à disposicao para fazer um exame em uma máquina que precisava ser consertada de tomografia. Ou seja, nao tinha ninguém pra te levar à nada.

Deixo aqui a indignacao inútil também desse referido veto do Sérgio Cabral à prestacao de contas on-line do Governo. Falar que é um roubo, uma imoralidade e um absurdo, soa infantil. É muito mais que isso. É uma enganacao entubada nesse termo vago e esfumacado que é a "democracia". Vai um link abaixo:


Cabral rejeita publicar contas na internet
da Folha de S.Paulo, no Rio
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), vetou projeto de lei aprovado de três deputados estaduais da oposição que propunha colocar as contas do Estado na internet.
A decisão, publicada ontem no “Diário Oficial”, contraria promessa de campanha de Cabral, que havia assumido em agosto com a Firjan (federação das indústrias do Estado) o compromisso de abrir o Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municí­pios (Siafem) ao público.
Hoje apenas os integrantes do governo e os parlamentares têm acesso ao sistema, que permite o acompanhamento dos gastos públicos





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