Não há muito o que falar sobre o que ainda não se aprendeu a escutar. Pelo menos para mim, falta um longo percurso no caminho de sentir com plenitude sua arte. Se o tempo dele é sempre hoje, o contrario ao comemorar seu passado.
Em plena revolucao metafísica, espiritual, musical, física do mundo, das instiuicoes do mundo, há 40 anos, Paulinho da Viola lançava dois discos de complexidade sem-tempo, que é o tipo da complexidade do samba e no que ele transformou o samba.
Na primeira parte do ano, um dueto fundamental com Elton Medeiros, no clássico e magistral “Samba na Madrugada”. Depois, o lançamento do seu primeiro disco solo, intitulado simplesmente “Paulinho da Viola”.
“Na Madrugada” é uma curva um pouco radical no trabalho do artista, que antes mostrava sua vocação no grupo A voz do Morro, baseado em chorinho e arranjos mais tradicionais. Junto com a musicalidade mais popular e bruta de Elton , no entanto, encontrou uma terra fértil e amorosa para o seu lirismo escondido. O violão jazzístico junto com a caixa de fósforo. Era um indício genial da transformação que geraria.
Depois, já sozinho, lança um novo tipo de sonoridade, ao agregar uma harmonia meio bossa nova com um trabalho mais refinado dos elementos musicais. Não era só a voz suave. Todos os instrumentos trabalhavam para polir a alma da samba. A herança do choro, a influência de seu pai , a de Elton e a da vida nos morros confluíam nos dedos do homem . Faz poesia, faz prosa , música e crônica como uma coisa só. Sem tempo, no tempo hoje e universal de suas mãos de artesão. Tudo como um sussurro, como silêncio.
"Sem melodia ou palavra, para não perder o valor".
Em plena revolucao metafísica, espiritual, musical, física do mundo, das instiuicoes do mundo, há 40 anos, Paulinho da Viola lançava dois discos de complexidade sem-tempo, que é o tipo da complexidade do samba e no que ele transformou o samba.
Na primeira parte do ano, um dueto fundamental com Elton Medeiros, no clássico e magistral “Samba na Madrugada”. Depois, o lançamento do seu primeiro disco solo, intitulado simplesmente “Paulinho da Viola”.
“Na Madrugada” é uma curva um pouco radical no trabalho do artista, que antes mostrava sua vocação no grupo A voz do Morro, baseado em chorinho e arranjos mais tradicionais. Junto com a musicalidade mais popular e bruta de Elton , no entanto, encontrou uma terra fértil e amorosa para o seu lirismo escondido. O violão jazzístico junto com a caixa de fósforo. Era um indício genial da transformação que geraria.
Depois, já sozinho, lança um novo tipo de sonoridade, ao agregar uma harmonia meio bossa nova com um trabalho mais refinado dos elementos musicais. Não era só a voz suave. Todos os instrumentos trabalhavam para polir a alma da samba. A herança do choro, a influência de seu pai , a de Elton e a da vida nos morros confluíam nos dedos do homem . Faz poesia, faz prosa , música e crônica como uma coisa só. Sem tempo, no tempo hoje e universal de suas mãos de artesão. Tudo como um sussurro, como silêncio.
"Sem melodia ou palavra, para não perder o valor".
O valor da gratidao que os brasileiros devem a um de seus gênios.
Um comentário:
Dos compositores de samba, esse sem dúvida é o maior, na minha opinião. Pela densidade e sabedoria das letras, pela "simplicidade complexa" das harmonias e melodias, pela ponte entre o samba enredo e o samba popular ou o samba canção, enfim, por todas as obras desse grande mestre na arte e na vida.
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